segunda-feira, janeiro 16, 2006

Poema

As Redes Tristes

Para Pablo Neruda

Chamaram dos ramos do mar
os pássaros marítimos
chamaram do fundo
do volumoso silêncio
os peixes, como se fossem
os olhos da noite
Chamou uma sereia de vento e sal
E dos dedos dos pescadores
as redes tristes
saltaram com setas

2 comentários:

delusions disse...

que bonito!é ás vezes temos o que queremos e ainda assim não somos felizes...O que precisamos é outra história e até lá as nossas reds vão ser sempre tristes...bjs

Jorge Castro (OrCa) disse...

Para já, para já, um belíssimo poema, que o próprio Neruda não desdenharia.

Peço, entretanto, o favor de dar um salto até ao Sete Mares para colher novidades sobre o encontro A Poesia Nos Blogs.

Um abraço.