Poema à máquina de escrever
Agora que o computador
me desliga, e corrige,
afiando as palavras,
regresso ao perfurador
dos silêncios,
ao deslizar dos dedos
no mínimo pó,
teclas interceptam
o caudal dos pássaros, os
rios que voam até à nuvens,
a Royal rectifica
a realidade.
(J.T.Parreira)
A Feira
Gosto de comprar ovos, grelos e chouriças
na feira.
Balanço a cesta com as letras
frescas, verdes e cheirosas
que saem das goelas do meu povo!
(Ana Maria Costa)
1 comentário:
"... teclas interceptam
o caudal dos pássaros, os
rios que voam até à nuvens..."
Bonito este tempo poético.
Beijinhos.
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