terça-feira, dezembro 13, 2005

Ezra Pound,traduções e originais-II

Uma Rapariga

A árvore entrou-me nas mãos,
A seiva subiu-me pelos braços,
A árvore cresceu-me no peito -
Para o chão
Crescem os ramos de mim, como braços.

Árvore és,
Musgo és,
És violetas com o vento sobre elas.
Uma criança -desta altura- és,
E tudo isto é loucura para o mundo.

(Ezra Pound)
Tradução de J.P e Carmo

N.Y

My City, my beloved, my white! Ah, slender,
Listen! Listen to me, and I will breathe into thee a soul.
Delicately upon to reed, attende me!

Now do I know that I am mad,
For here are a million people surly with traffic;
This is no maid.
Neither could I play upon a reed if I had one.

My City, my beloved,
Thou art a maid with no breasts,
Thou art slender as a silver reed.
Listen to me, attend me!
And I will breathe into thee a soul,
And thou shalt live for ever.

(Ezra Pound)

1 comentário:

virna disse...

conhecia a tradução brasileira deste poema, gostei muito da versão portuguesa.
um abraço,
virna