A facilidade escreve-se.
A mão do dia é branca.
A luz do mistério
é animal.
Amar é olvidar
com estas árvores
com estas nuvens
com este sopro vermelho sobre as coisas.
A evidência do mundo é o barco do ar.
Visível a respiração da ausência.
Sem destino, para além dos signos,
o rosto confiante é o puro espaço
onde todo o vago é insinuante afirmação
e a paixão um murmúrio de leveza.
O sangue circula em palavras claras
e a doçura delira
na iminência que dura num rumor iluminado.
António Ramos Rosa
Sem comentários:
Enviar um comentário