Cheia
O rio leva olhos mudos
postos nas margens
e no impossível
apelam aos ramos
agora tristes
as mãos
turvas não agarram
as águas
o remoinho vai
ao fundo da terra
traz troncos
limpos, frágeis
pesos de um pesadelo
cabeças tentam
manter-se atentas
a água é tumulto
sobre velhas
pedras.
2 comentários:
Claro, Celso, podes usá-los, é para mim uma honra.
Obrigado. Um abraço
João
joão,
belo poema. e também a tradução do bukowski. ando ausente, tive um problema em casa com a conexão da internet. mas hoje publiquei um poema do delmore schwartz, dá uma olhada depois.
um abraço,
virna
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