O beijo percorre as esquinas da face
não reconhece aparências
como o sol, é cego
exaurindo as flores
percorre arestas
e ângulos
procura o vulcão
por vezes nos lábios
prefere ao magma
a cinza de um olhar
o trémulo vale
das pálpebras
onde o olho se debate
o beijo cúmplice
das mãos
as mãos que suportam
a harmonia das faces.
2 comentários:
"prefere ao magma
a cinza de um olhar"
Belíssimo!
O percurso do beijo poético. Gostei do ritmo do poema.
Beijinhos.
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