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Henry Ossawa Tanner
Onde entra a luz quente de uma lareira
e se adivinha o azul que vem do fundo
do universo, um horizonte em branco
que se atravessa na parede
Aí estava o esquecimento
do resto do mundo, dos poucos haveres
e uma natureza-morta sobre a mesa
num velho soalho de madeira
o ranger dos pobres
Velho e menino estão num ar azul
presos às mãos que vão tirando
do banjo o finíssimo silêncio
da poeira.
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