Uma avó negra que tive em silêncio
avó de branco
riso que nunca poisou em mim
o algodão do seu olhar
avó de negros
olhos fazendo luz
entre a noite transparente
sob o luar dos fogos
Avó negra
que invocavas deuses
deuses fechados como os sons
que à selva se reservam
toda a minha alma
é cruzada por ti
como a noite traspassada pela chama.
1 comentário:
paira sobre este poema uma certa mágoa, uma certa saudade de alguém que já não é residente entre os vivos.
"olhos fazendo luz"
gostei muito mesmo.
tocante
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