domingo, agosto 13, 2006

As pontes de Paris

A manhã vai pôr a limpo
a névoa e Paris
vai oferecer
as suas pontes, os seus braços
sobre vestígios de óleo
triste

De
longe uma sirene, um ruminar
de motor, um canto
atirado às margens

E
cabem debaixo do braço
as pontes de Paris
como cabe um quadro
num livro de turismo, postais
mapas, a elegância
da Pont Mirabeau.

2 comentários:

hfm disse...

Tal como o preto e branco da fotografia ficou-me uma bruma ao ler este poema... nostalgia?

elsefire disse...

paris inspira amor é conhecida como a cidade-amor, inpiração para muitos poetas.
muito bonita toda a 1ª estrofe
" sobre vestígios de óleo triste".
Se ainda não disse digo-o agora que já acompanho há algum tempo o que escreve e posso dizer que é do melhor que se pode ler na net.é para mim uma distinção, mais do que mereço ter um link aqui no seu blog.
muito obrigado.