É cedo ainda para os vadios
deixarem o veludo da noite, o bar
para fechar a última despesa
É ainda cedo para o salto mortal
fora do sono, da insónia
de olhos sensíveis aos ruídos
É muito cedo para os pedintes
encostarem sombras às paredes
e cegueira nos corredores do Metro
Silhuetas de madames não passeiam
ainda os seus lulus, como Balla quis
a deslizarem o silêncio na crosta terrestre
Aqui os que acordam antes do sol
são aqueles que não têm alvo para o corpo
e com olhos na tristeza passam.
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