a cadeira do seu destino do fogo
fazes rodopiar pincéis
nos campos de trigo e nos ângulos
da noite do teu coração
arde Arles na tua casa amarela
Tu logras sempre capturar a luz
espalhada em qualquer coisa
No vento, nas lâminas do sol
dos girassóis, nos teus cabelos fulvos
Na paleta as cores expulsam
a solidão das tuas planícies
como arrepiam nos teus olhos
os dias de verão e as noites estreladas.
2 comentários:
Deixo-lhe um poema que escrevi há quase trinta anos:
VAN GOGH
Funde-se ao nada
o grito da luz.
A forma do fogo
na palha do trigo.
(Estrelas em prece
ou caos, submissos.
Somos, no mito, mitos.)
(do livro Exílio, Massao Ohno Editor, São Paulo, 1983)
Um grande abraço.
Caro poeta, obrigado pelo poema e pelo «vintage» do sabor.
Vou, se me autoriza, editá-lo no blog, segunda-feira.
Um abração
J.
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