quinta-feira, janeiro 24, 2008

O homem que não quis assassinar Deus


Retrato de Darwin, pode ver-se aqui

1 comentário:

linfoma_a-escrota disse...

O seminarista caloiro entreolha
as entidades inexistentes a cobalto
que dançam de pés ao contrário,
com cabelo grisalho mais gel
completam o círculo dourado dos fraques,
alimentam a ausência e
apoderam-se bruscos do inverosímil.

Todos os albergues de culto
às respostas rezam para si mesmos,
para que os rios de sangue,
cujos ramos podres ajudaram a podar,
não passem dum rumor hipotético
e se evaporem balcânicas barragens
para as encherem de novo, sem chuva,
só com a liderança estimada dos
veteranos puritanos cujo letal quinhão
e desprogressivo apego à juventude
mantêm no magnífico trono da mansão
familiar de aparência imaculada,
foi graças a muito soslaio de alecrim
que tais botões aceitaram o sigilo dum
cargo que desbarata conclusões precipitadas,
decidem sempre poupar o sovaco real
para hospitalizar as grandiosas paradas.

O cheiro é semelhante a talho de peixe
sem piedade pelas tripas dos antepassados,
como personagens de jogo não hesitam
e, sem desviar a cara, empunham a navalha
que influenciará barbatanas de cardumes,
nunca interrogaram auxilío a alguém porque
vivem dentro duma bolha à prova de bala
sem repararem na sombra de Rá aproximando-se...

in TREPIDAÇÃO/TREPANAÇÃO 2004




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