A luz que mora no farol
toca com nostálgicos
dedos os navios,
iluminados
por dentro
são as janelas da noite,
depois afastam-se
com um princípio,
meio e fim, depois
nem o rasto branco
fica na ondulada folha,
azul-escura, das águas.
A luz que mora no farol
conhece de cor
o faroleiro, ele manuseia
as trevas, os ventos, o rugir
do mar, ele diz
por onde a luz deve ir,
tem sempre uma última
luz na beira das manhãs.
2 comentários:
Gostei muito desta "luz nas beiras da manhã".
Abraço.
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