terça-feira, outubro 24, 2006

O guarda do farol

A luz que mora no farol
toca com nostálgicos
dedos os navios,

iluminados
por dentro
são as janelas da noite,

depois afastam-se
com um princípio,
meio e fim, depois

nem o rasto branco
fica na ondulada folha,
azul-escura, das águas.

A luz que mora no farol
conhece de cor
o faroleiro, ele manuseia

as trevas, os ventos, o rugir
do mar, ele diz
por onde a luz deve ir,

tem sempre uma última
luz na beira das manhãs.

2 comentários:

hfm disse...

Gostei muito desta "luz nas beiras da manhã".

José Alexandre Ramos disse...

Abraço.