Vida Literária
Escuto a máquina de escrever
da primeira tecla que bate
um pássaro dá meia-volta
voa para longe, das seguintes
um menino leva os dedos
à boca e chora
no meio de tinta azul
pintava um céu em círculos
à volta de um sol tranquilo
o pássaro que saiu voando
e o menino que ensaiou
na língua uma palavra azul
são o que hoje soa
da máquina de escrever
Amanhã por uma esquina
do teclado sairá
um homem que esconde
a sua noite por um prédio
num desvão calado
-E a poesia encerrará
as suas teclas mais tristes?
12-7-2006
4 comentários:
O crescendo deste poema é impressionante e termina duma forma que chega a doer. Belíssimo!
Bonito...
Vou continuar a passar por aqui...
é magnífico, o pássaro vem direito aos olhos, e bate muito as asas, quase morre de aflição, é genial
muito obrigada por este poema
e desculpe ter comentado
beijinho
alice
boa noite ;)
agradeço a sua visita e palavras no meu blog
eu conheci o seu através da lista da ana maria costa
votos de bom domingo
um beijinho
alice
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