segunda-feira, janeiro 11, 2010

A Rapariga à Janela

Olhos
que devem estar a caminho da outra margem
riem do espelho amarrotado das águas?
Choram algum diminuto amor
distante? Que fere
o seu rosto para o esconder do passado
e dar-lhe apenas o volume do seu corpo?
Enquanto olha
o que pode ser a quieta eternidade
de uma vela
olha com que olhos, rosto
lábios, entreabrindo o silêncio?
apoiando os cotovelos na janela.

11/01/2010

1 comentário:

hfm disse...

Como Dali teria gostado de ler!