
O meu neto Vasco, veio e disse-me:-Avô, hoje fizemos uma poesia. Que as pedras cantam. Sabes, avô, uma poesia é uma imaginação.
Parei, respondi-lhe a perguntas seguintes que também eu fazia poesias e que sabia que as pedras podem clamar, cantar e chorar lágrimas, sobretudo quando chove.
Mas pensei: ando a ler há quatro décadas pelo menos, Aristóteles, Horácio, Shelley, Johannes Pfeiffer, Todorov, Jean Cohen, Rainer Maria Rilke, e até Marcuse, para saber o que é a Poesia. Ouço cursos de Poética, Estética de Plotino, até o "Carteiro de Pablo Neruda" sobre a metáfora.
E o meu neto, Vasco Parreira, 7 anos, disse-o de uma penada: - Avô, é uma Imaginação. A poesia é uma imaginação.
(Inédito inicialmente editado no Facebook)
1 comentário:
Com uma frase dessas o avô pode começar a abrir o jogo o pozinho já está lá dentro. Feliz a criança que imagina pedras a cantar. E a partir da pedra pode seguir para o mundo. Parabéns.
Enviar um comentário