Poema 1
« ... tu chauffes la paume / de ma main / comme jadis le pain rond / dont la croûte craquait »
… tu aqueces a palma
da minha mão
como outrora o pão redondo
de crosta estaladiça.
Poema 2
«... Tes racines / sont nos années / enfuies dans le sable du temps // L’espoir s’est raréfié / dans l’air de ton absence […] Tes mains se joignent encore / et prennent le sable fin / que tes yeux laisseront glisser / entre tes doigts / Sablier du bonheur / Sablier de ma peine »
As tuas raízes
são os nossos anos
fugidos na areia do tempo
A esperança rarefez-se
no ar da tua ausência […]
As tuas mãos juntam-se ainda
e agarram a areia fina
que os teus olhos deixarão deslizar
entre os teus dedos
Ampulheta da felicidade
Ampulheta da minha dor.
(Tradução de Rui Miguel Duarte)
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