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Eu vejo-os pelos ombros, cordeiros
atados nas cordas da mudez.
Aguardam a sonolência da morte.
Vão pelas sombras, curvando
a solidão nas suas costas,
sobem não tendo horizontes
senão as nuvens,
não têm poços, nem estrelas
como orvalho que entretece o céu.
Os caminhantes percorrendo os montes
tenho-os visto, pequenos
orifícios nos sapatos
que pisam caminhos sem regresso.
12/12/2008
2 comentários:
Soberbo...
Conterrâneas saudações.
Deixou-me de lágrimas nos olhos.
Como eu desejava que tudo isto não
tivesse acontecido.
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