terça-feira, dezembro 04, 2007

Um Poeta Pernambucano

O PÁSSARO SEM VOO

O pássaro sem vôo, solto na sala,
ficou sendo um brinquedo de criança
Que lhe importa a manhã?
Por que saudá-la,
Se a cantiga desperta a mão que o alcança?
De que lhe vale o canto? O canto é apenas
alegria de estranhos
Não é tudo.
O canto é inútil como são as penas.
O pássaro sem vôo, cantando, é mudo.

(José Chagas -Pernambuco, 1924-)

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