As mãos estão nos bolsos
com todas as suas lembranças,
protegidas
da vergonha por estarem vazias.
As mãos têm frio
fora dos bolsos, no vento
encanado entre os dedos.
Por isto,
Onde pôr as minhas mãos
tão solitárias, ao longo
do admirável corpo?
O poeta não sabe em cada manhã
entre tantos ofícios
onde cabem as suas mãos.
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