Ai, se o vento me levasse
Na orla infinda das marés
Que ainda me salpicam!
Ai, se o vento me levasse
No espasmo matinal
Do cheiro eterno das flores!
Aí permaneceria, cândida, pura...
No seio de uma alegria sem fim
Que me acalentaria a alma.
Já não choraria mais
A criança que não fui
Ou a infância que não tive.
Voltaria a brincar com os infantes.
E, finalmente, sorria
Na transparência de um desejo inocente.
(Isabel Rosete)
poema cedido pela autora para o Poeta Salutor
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