Poema inédito do colaborador/poeta residente Brissos LinoQuero dizer um piano
na tua boca
aconchegar-te uma intenção de amor
sobre o peito
sussurrar-te aos ouvidos
uma bela canção napolitana
até chegar a ver uma flor amarela
envergonhada
a boiar nos teus cabelos
quero depositar-te o Sol no regaço
e depois esperar toda a sinfonia
que escorrerá
dos teus olhos.
21/4/10
(Brissos Lino)
A Poesia é o assunto do Poema - Wallace Stevens . Este Blog não respeita o Acordo Ortográfico.
quinta-feira, abril 29, 2010
terça-feira, abril 27, 2010
domingo, abril 25, 2010
sábado, abril 24, 2010
Abri o livro
Abri o livro e afundei-me nele
(bem que me tinham avisado
que era objecto perigoso)
só na última página consegui
vir à tona
e os que me esperavam ansiosamente
admiraram-se
com o meu sorriso enigmático
de peregrino
de outros mundos.
23/4/10
(Brissos Lino)
Via A Ovelha Perdida
quinta-feira, abril 22, 2010
terça-feira, abril 20, 2010
EYJAFJALLAJOKULL
poema inédito do poeta Brissos Lino
Rugem demónios de fogo
na ilha gelada
a revolta telúrica brada
aos céus
recorrentes indignações
e essa tosse cavernosa e doente
das entranhas
esse cuspir insistente
de braço dado com Éolo
perturba o voo das aves
e dos pássaros de ferro
no mundo dos homens.
20/4/10
(Brissos Lino)
domingo, abril 18, 2010
A beleza a descer a rua
Foto Lisete Model, via papel de rascunho
Bebem seus olhos o bulício
A rapariga anónima
Nenhum relógio pára
Dança Pavlova quando passa
Seus pés como lírios do campo
ondulam ao vento, alparcas
aladas de outro tempo
Bebem seus olhos o bulício
das manhãs nas ruas
A rapariga anónima
que estende pelo ar
a sua pressa
e um perfume
Nenhum relógio pára
ou desconta esse momento
da gaia-beleza.
9-4-2010
Inédito originalmente publicado em A Ovelha Perdida
quarta-feira, abril 14, 2010
segunda-feira, abril 12, 2010
As ovelhas de Wales
terça-feira, abril 06, 2010
segunda-feira, abril 05, 2010
A ode chamada marítima
«Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!»
Álvaro Campos
Álvaro Campos
Dispondo do vento sobre o papel
e do cheiro a oceano que vem
do meio da multidão
das águas, sozinho, em pé
no baloiço do meu próprio corpo
escrevo como outrora o hebreu
à beira do Eufrates
e o que choro é um
choro nítido a meu modo
ao cair das tardes
no cais molhado de gaivotas
deserto, pequeno e sem viagens.
e do cheiro a oceano que vem
do meio da multidão
das águas, sozinho, em pé
no baloiço do meu próprio corpo
escrevo como outrora o hebreu
à beira do Eufrates
e o que choro é um
choro nítido a meu modo
ao cair das tardes
no cais molhado de gaivotas
deserto, pequeno e sem viagens.
2-4-2010
sábado, abril 03, 2010
Revista: trimestrale di conversazioni poetiche
Annelisa Addolorato, Fabiano Alborghetti, Andrea Amoroso, Natasha Bondarenko, Barbara Cannetti, Giampaolo De Pietro, Valeria Di Clemente, Alessandro Ghignoli, Claudio Pagelli, Marina Pizzi, Gabriele Quartero, Silvia Redente, Alessandra Sciacca Banti, Maeba Sciutti, Anna Velieri, voci sul numero
di Aprile 2009
di “π -trimestrale di conversazioni poetiche”.
Revista com poemas de Alessandra Sciacca Banti, poeta e docente universitária em Pisa, e tradutora do meu livro inédito O Regador/ L'Innaffiatoio, para a língua italiana.
sexta-feira, abril 02, 2010
Farol da Barra como espada que corta a noite
Farol da Barra, postal década de 70
“Faróis? São os gumes
da espada
que corta a noite”
J. T. Parreira, in “O que disse p poeta a propósito de faróis”
Uma noite após outra
cadente em gomos
das gavetas do breu
observamos como
a espada de luz
do farol
corta e disseca
longe lá longe
emergindo na distância
sobre a côdea
escura do mar
a ponta da espada
resvala a passagem
dos navios
e nós,
como gotas aspergidas
de espuma do mar
ou como pingos
de noite
à sombra da altura
do farol
sentados na praia
30/03/10
(Rui Miguel Duarte)
“Faróis? São os gumes
da espada
que corta a noite”
J. T. Parreira, in “O que disse p poeta a propósito de faróis”
Uma noite após outra
cadente em gomos
das gavetas do breu
observamos como
a espada de luz
do farol
corta e disseca
longe lá longe
emergindo na distância
sobre a côdea
escura do mar
a ponta da espada
resvala a passagem
dos navios
e nós,
como gotas aspergidas
de espuma do mar
ou como pingos
de noite
à sombra da altura
do farol
sentados na praia
30/03/10
(Rui Miguel Duarte)
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