Farol da Barra, postal década de 70
“Faróis? São os gumes
da espada
que corta a noite”
J. T. Parreira, in “O que disse p poeta a propósito de faróis”
Uma noite após outra
cadente em gomos
das gavetas do breu
observamos como
a espada de luz
do farol
corta e disseca
longe lá longe
emergindo na distância
sobre a côdea
escura do mar
a ponta da espada
resvala a passagem
dos navios
e nós,
como gotas aspergidas
de espuma do mar
ou como pingos
de noite
à sombra da altura
do farol
sentados na praia
30/03/10
(Rui Miguel Duarte)
Sem comentários:
Enviar um comentário