Há botas velhas tão limpas
como rosas
De pétalas dobradas, tristes
canos que adornaram
tíbias orgulhosas
Botas à volta das quais
o vento e a poeira
rodopiam, rosas
que esperam a calma
das mãos que as depositem
num canto da sala
Há botas tão interessantes
como rosas
como o veludo das rosas
para nos adoçar os dedos
Botas velhas para o secreto
movimento dos pés.
25/2/2010
3 comentários:
Mt belo...
Que seria de nós, humanidade, sem esta visão descritiva dos poetas?
Bem-haja!
Até um par de botas
tortas
inspiram no poeta
alegria
pois vê com olhos sãos
e sente com as mãos
as coisas simples da vida
contida
em versos de luz e cor
e de amor.
Até um par de botas
velhas e tortas
parecem agora rosas
vaidosas.
Dos simbolismos das metáforas! Belo!
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