Da série de poemas que o poeta Brissos Lino, meu amigo e colaborador, está a escrever perante a sua leitura da Odisseia, de Homero.
“A mim deu o Olímpio mais dores do que a qualquer das mulheres.”
(Homero, Odisseia, Canto IV)
Sem fome e já sem lágrimas
Penélope adormeceu
e junto às portas dos sonhos
resistiu a acalmar
as nuvens negras
que persistiam
suspensas
sobre o coração e o espírito
em forma de pranto
Telémaco se foi
como palavras apetrechadas de asas
o filho amado se foi às escondidas
a saber novas do pai
desaparecido algures no mar
nunca antes vindimado
o mancebo insensato
desconhece tantas coisas
e também que os pretendentes da mãe
lhe congeminam a morte
entre dois festins.
(Homero, Odisseia, Canto IV)
Sem fome e já sem lágrimas
Penélope adormeceu
e junto às portas dos sonhos
resistiu a acalmar
as nuvens negras
que persistiam
suspensas
sobre o coração e o espírito
em forma de pranto
Telémaco se foi
como palavras apetrechadas de asas
o filho amado se foi às escondidas
a saber novas do pai
desaparecido algures no mar
nunca antes vindimado
o mancebo insensato
desconhece tantas coisas
e também que os pretendentes da mãe
lhe congeminam a morte
entre dois festins.
14/10/09
(Brissos Lino)
(Brissos Lino)
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