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descalça, sem camisa
sem a negrura
dos problemas da alma
Com o coração forte
como a corrida do antílope
com uma casa de vento
capim e barro
Sentada à porta fumando
a fogueira foge
para o rotundo silêncio
no seu mover lento
Aos seus pés insectos mortos
descem até ser pó
e a atmosfera cheira
mudando de lugar
e nas tuas mãos
a terra gretada, os teus dedos
adormecem os cabelos
dos teus filhos.
24/10/2009
Publicado como inédito no blog A Ovelha Perdida
1 comentário:
Belíssimo!
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