“Ao volante do Chevrolet pela estrada de Sintra”
Álvaro de Campos
Cortando o luar, a cabeça
ao vento, pela estrada
de Sintra, o Chevrolet
é um grande ruído
Atento
ao volante sigo
à direita e à esquerda.
O carro de empréstimo
conduzo fechado
por dentro,
à janela do sonho
- espelho transparente
da paisagem, corto
com o motor
um silêncio modesto.
13-7-2009
1 comentário:
"Ao volante do chevrolet pela estrada de Cintra" foi um dos primeiros poemas que li de Fernando Pessoa. Que li criticamente. Não o releio há um tempo... Devo reler? Ficou-me um sentimento de ausência, vazio. Talvez seja melhor ficar mesmo com o motor em silêncio modesto.
Um grande abraço.
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