Voltar? Volte o que esteja,
Após longos anos e longa viagem,
Exausto do caminho e cobiçoso
De sua terra, sua casa, seus amigos,
Do amor fiel que no regresso o espere.
Mas, tu? Voltar? Regressar não penses,
Senão seguir em frente, livre,
Livre para sempre, moço ou velho,
Sem filho que te busque, como a Ulisses,
Sem Ítaca que espera e sem Penélope.
Segue, continua e não regresses,
Fiel até ao fim da estrada e tua vida,
Não sintas falta do destino fácil,
Teus pés sobre uma terra virgem,
Teus olhos perante o nunca visto.
In Antologia del Grupo Poético de 1927
Após longos anos e longa viagem,
Exausto do caminho e cobiçoso
De sua terra, sua casa, seus amigos,
Do amor fiel que no regresso o espere.
Mas, tu? Voltar? Regressar não penses,
Senão seguir em frente, livre,
Livre para sempre, moço ou velho,
Sem filho que te busque, como a Ulisses,
Sem Ítaca que espera e sem Penélope.
Segue, continua e não regresses,
Fiel até ao fim da estrada e tua vida,
Não sintas falta do destino fácil,
Teus pés sobre uma terra virgem,
Teus olhos perante o nunca visto.
In Antologia del Grupo Poético de 1927
(Trad. J.T.Parreira)
2 comentários:
Eis o desafio: olhar o futuro de frente, sem temor nem tremor, nunca esquecendo os fios que nos ligam às origens...
Tão belo! e o primeiro verso ficou a ressoar cá dentro.
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