Meteu as mãos dentro de
si ( diz-se meter a mão na consciência) e não encontrou nada. Até
iniciar a viagem às Keys, costumava falar assim:
-A minha linguagem hoje é
um misto de gin tónico e añejo gelado.
- Tens de começar uma
viagem para lá disso, ou os teus rins no “border line” não
aguentam – disseram-lhe. Uma depuração, portanto, uma limpeza.
Ao inciar o trajecto para
a última das ilhas, a Key West, iria percorrer uma autêntica linha
quase recta sobre as águas. Teria de meter também as mãos dentro dos olhos
e retirar todas as imagens partidas e encher-se daquela solidão, que
desejava fosse um sinónimo de inocência.
2/2/2013
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