(Manuel Alegre, Alma)
Finalmente a guerra
frenesim inusitado
quando mil sóis explodem
num tempo esconso
e o rasto dos cometas é vermelho
e fogo
o negrume passeia pelas caras
dos mancebos
o medo pendurado nos olhos
de mulheres e velhos
crianças que constroem castelos de lama
e faz de conta
na neve suja
entre estampidos e sorrisos
Era uma vez uma guerra anunciada
dizia-se que andava para lá
daqueles montes
mas morreu antes de chegar à aldeia
deste lado do mundo
a este cu de judas
nem uma guerra chega.
4/8/10
Inédito do poeta Brissos Lino
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