Lorca, Luis Cernuda e Vicente Aleixandre
Para o Colégio
Ia de bicicleta para o colégio.
Pela rua principal, tranquila, da nobre cidade misteriosa.
Passava cercado de luzes, e os coches faziam ruído.
Passavam majestosos, puxados por nobres baios ou alazões,
de trote imponderável.
(...)
Eu ia de bicicleta, quase alado, candidato ao futuro.
(...)
A fila das árvores era um vapor imóvel, delicadamente
suspenso sob o azul. E eu quase pelo ar,
eu apressado passava na bicicleta e sorria...
e recordo
como em segredo dobrava minhas asas mesmo no umbral do colégio.
(Tradução: J.T.Parreira)
2 comentários:
o poema é muito bonito..."Eu ia de bicicleta, quase alado, candidato ao futuro." ainda bem que o traduziu.
Por um triz que não voou :)
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