Caminhar por
Auschwitz é andar no espaço
Conseguido pela
morte.
No meio de barracões esculpidos de quietude
Enganadora, a neve,
falsa, se estendia
Como roupa suja no chão.
Não havia escadas para subir, no inferno tudo
Era devolvido em cinzas. Sentem-se hoje
Olhares perdidos ainda no passado. Um gato
Com a sua inesgotável infância
Alheio aos reflexos da vida.
16-02-2015
©
Foto: Kacper Pempel/Reuters
Sem comentários:
Enviar um comentário