“O medo teria olhos” (J.T.Parreira)
Os olhos do medo brilham na noite escura
desconstroem silêncios
afiam arestas vivas
param o sangue nas veias
raspam as paredes da alma
com garras afiadas
os olhos do medo provocam um som cavo
e raro
anunciam um futuro às arrecuas
são olhos ofídios que nos sugam
o ar
mas eu sei de pálpebras que tapam
os olhos do medo.
10/6/11
Inédito de Brissos Lino
Lasar Segall, introdutor do Expressionismo no Brasil
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