Começam por entrar as pernas
nuas hesitantes
e fincam-se como Rodes sobre o Egeu
a cintura depois
de inundados os calções
por fim o próprio umbigo
cordão que sempre nos ligou à vida
os braços nus abraçam
o que do sal começa a fervilhar na onda
como um feixe de dedos nossas mãos
vão abrindo sulcos na imaginação
até ao horizonte.
2/6/2011
1 comentário:
sempre afiado, hem? parece que a língua é como o livro/mulher de john donne: "somente a alguns/é que tal graça se consente:/é dado lê-las".
obrigado, café e poesia!
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