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dos ouvidos
onde entra seu poema
Com os cinco dedos da mão direita
modela o silêncio, é um Cícero
na majestosa mão erguida
O poeta segura a cascata
de águas limpas do livro
não tem pressa, é preciso
que as palavras se respirem.
29/4/2010
(inicialmente publicado no Facebook)
1 comentário:
O respirar eterno das palavras. Belíssimo!
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