quinta-feira, maio 13, 2010

Linha 4

As palavras simples anunciam
vêm resolver a espera, vêm
do fundo as carruagens
um vento se aproxima
vento metálico a travar
sobre os carris
Os meus olhos testemunham
esperam a imobilidade
do comboio, abarcam
toda a extensão do pássaro
terrestre
Entro depois em olhos silenciosos
sentados lado a lado.

12-5-2010

1 comentário:

José Carlos Brandão disse...

Dos olhos nasce a poesia.
Voam como anjos ou pássaros
colhendo a flor das paisagens
nos espinhos das imagens.