quinta-feira, março 18, 2010

Poema do suicida cansado

A árvore estreitou-lhe a sombra
os braços
confundiram o corpo
e agarram a vida

Muita coisa se adivinha
como o sol amplo
no mar ocidental
a pura imagem da luz
no rosto
que se esconde
inebriado pelo azul ainda

do avesso a carta
dá uma razão
envergonhada.
Publicado ineditamente no blog A Ovelha Perdida

2 comentários:

José Carlos Brandão disse...

... e o suicida não sabia escrever.

© Maria Manuel disse...

ainda caminha por dentro de si...