Esa agua de alma única,
Por la que te conocem por Carlos
Dâmaso Alonso
Como o espanhol também tenho o meu Carlos
a minha ria que chamaram Aveiro
os seus reflexos vêm de repente
de uma esquina verde
dos esteiros
Como o rio em Boston a que chamam Carlos
que passa
entre os edifícios de Harvard
a minha ria tem a sua linguagem
acompanha a sabedoria
de pés descalços e de gaivotas
que riscam reflexos no ar
Sentado na margem desta ria
a que chamaram Aveiro, meus olhos
não perguntam nada
meus pensamentos, esses, correm
dentro no leito da memória.
9/2008
1 comentário:
Tão belo este rio/a e toda a sua poética. Particularmente hoje num dia difícil para mim, se o meu pai fosse vivo faria 98 anos!
Um abraço
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