quarta-feira, setembro 17, 2008

Suicídio de Van Gogh

Os corvos eram bandeiras
nos mastros da manhã

Um céu vivo, azul
sem desespero

Já devíamos desconfiar
por não haver um fio de água
e o rio ser uma seara
de trigo
no caudal do vento

Devíamos lembrar Van Gogh
muitas tardes com olhos sozinhos
diante da linha irregular
do céu e da planície rasa.

17-9-2008

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns pelo blog, quanta arte por aqui, amei...

Beijo!