terça-feira, abril 17, 2007

Despedida

O poeta Joanyr de Oliveira, à esquerda, em 1998

Como Antigona quis
empedrar-me aqui
longe de palavras, de certas
arestas de pedra nas palavras
que vêm de algumas bocas
perturbar nosso canto

Fatigado de mim mesmo
gasto ainda meus olhos
na claridade das metáforas
e cativo fragmentos
de uma rosa desferida
pelo vento
apanhador do voo
das borboletas.

(Para o meu amigo Joanyr de Oliveira)

1 comentário:

hfm disse...

Fiquei agarrada:

"e cativo fragmentos
de uma rosa desferida
pelo vento
apanhador do voo
das borboletas."