domingo, dezembro 17, 2006

A (minha)posição surrealista

Como um beduíno que vive
ondulando com as dunas,
desprovido de cintilações
de oiro, o meu vestido gasta-se
na minha tenda
acocorada no deserto.
Sou um beduíno, no vento
traspasso-me de areias
curvo-me
para receber o sol
e a sombra,
da oculta mão.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei muito. Este tema inspira-nos. Deixo-lhe aqui o final dum poema meu chamado Do Deserto

Ainda o deserto
e a sombra da água
que mastigo em mim.