sábado, julho 08, 2017

POEMA DA RECÉM VIUVEZ

(Marc Chagall)



O que farei depois de partires, ninguém
Sabe, apenas nós por uma telepatia
De mãos, de olhares, de beijos, de risos
De caminhar
Sobre as mesmas pedras, ninguém saberá
É um segredo que o sangue guarda
Como aquele que Deus retém nos lírios do campo
Que os veste gloriosamente como nem um arco-íris
Ou nas aves que distinguindo o trigo e o joio
Ainda assim encontram o seu festim.
Outra coisa não farei depois de partires
Senão olhar todos os levantes
Na esperança da aurora.

08/07/2017

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