“Põe o mesmo ardor para brincar
com o rato e com a folha
de prata”
György Somlyó (Hungria, 1920-2006)
Em
busca da felicidade da caça, o gato
Brinca
com o papel de prata, o brilho
Apela
nele instintos de beleza, como
Brinca
com a mosca, é um ritual
De
existência, dar movimento a tudo
Mesmo
com leves toques
O
que está parado move-se.
Um
frasco pode partir o perfume interior
Em
mil asas pela casa, de cima da mesa
A
maçã rola imprudente para o chão,
Um
sofá muda de aspecto e mostra-se
Na
sua nudez por dentro,
Os
gatos repetem tudo, podem repetir
Até sete vezes a vida.
07-05-2015
©
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