Já dançaste em círculos à volta do bezerro, ébrio
do ouro a escorrer pelos teus olhos, alguns
dos teus haveres empenhados no caminho
rumo a Canaã; sentiste as tábuas da lei partidas
contra o teu coração, mesmo assim colheste
dos arbustos sem nome o mais belo pão divino;
bateste numa rocha
e bebeste a água represada desde o dilúvio; viste
gigantes
à porta da terra do leite e do mel, já longe
do Egipto começaste a ter a noção da saudade,a falta das
cebolas
e da carne e
olhavas para trás, com os pés no chão
andaste quarenta anos no deserto.
13-10-2014
©
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