é redonda a face larga da noite
e as suas asas
porque tem asas,
ou ela não escaparia
à apreensão à estreiteza dos abraços
resistente aos meus olhos
como o mar aos penhascos
e sobre a areia desenhando sulcos
a noite está só e tem só
o que o silêncio lhe empresta
como fome voraz que tudo devorou
tudo menos
o espanto hirsuto do poeta
5/03/11
Inédito de Rui Miguel Duarte
1 comentário:
meu querido POETA
que bem se está consigo
a explicar a noite
deveras BELO
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