segunda-feira, setembro 20, 2010

Com o poder da mímica

Com o poder da mímica
inventarei um outro
que do lado de fora da prisão
dos dedos
encherá a minha solidão
O seu silêncio alegre
em círculos
caminhando, será o vento
que veste as minhas mãos
será um cavalo ou uma estrela
uma mulher num rio
será um outro
que corre de mim
e cresce, move e reina
num sorriso de menino.

16/9/2010

1 comentário:

hfm disse...

Meu amigo, não seria capaz de falar deste poema tão enxuto e tão profundo, dir-lhe-ei apenas que alguém, que lá "no assento etéreo onde subiu" se sorria ao lê-lo e pensaria nos seus múltiplos eus.