E assim continuamos barcos
contra a corrente
gaivotas nas pégadas
da margem
que alçam o voo
Uma onda abre o vão
e engole a proa
que volta depois ao seu lugar
à superfície
Aqui está como vamos
barco em luta na corrente
pégada à espera
da gaivota
que não volta.
23-11-2009
2 comentários:
Soberbo poema a ilustrar a imagem, com a metáfora/alegoria marítima para descrever o deserto. Até ao pormenor das pegadas das gaivotas na margem, podendo nós ver o barco nos caules elevados.
Como em cada palavra se encontra tudo o que a espera nos alcança e todos os rasgões que em nós provoca. Belíssimo!
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