para MC
Lembro-me que lhe escrevia cartas
verdadeiras, as palavras
não eram transparentes
eram como o coração no corpo
sentido em sinais ininterruptos
Veias e artérias
gravadas nas palavras
Recordo que invejava
as cartas que iam tocar a pele
dos seus dedos
Eram cartas verdadeiras
da dor obscura
iriam voar no éter
numa liga de alumínio
A única palavra que recordo
é o amor.
1 comentário:
tentei comentar, hoje à tarde, este poema. mas foi-me solicitado uma tal de "palavra-senha" e não consegui. lembro que destaquei:
"as palavras
não eram transparentes
eram como o coração no corpo".
grande, bnelo texto!
abraços!
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