Poema de Wislawa Szymborska, 1957
Guardo o sonho de minha tese de licenciatura:
numa janela sentam-se dois macacos acorrentados,
atrás da janela o céu flutua,
e o mar espirra.
Estou a fazer um exame sobre a história
da humanidade:
gaguejo e hesito.
Um macaco, lança-me os olhos, escuta
ironicamente,
o outro parece sonolento--
e quando à pergunta segue o silêncio,
ele incita-me
com o macio tinido da corrente.
(Trad. J.T.Parreira)
1 comentário:
Tomei a liberdade de publicar este primoroso poema (em excelente tradução) no Azul Caudal.
Um fraterno abraço do irmão Sammis Reachers
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