A Poesia é o assunto do Poema - Wallace Stevens . Este Blog não respeita o Acordo Ortográfico.
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Tomas Tranströmer
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
domingo, fevereiro 24, 2008
Sozinho Todavia Muitos
Se pudesse eleger uma solidão
elegeria, a solidão
de uma cidade, de Lisboa
às primeiras horas matinais
uma arcada ainda cinzenta
mesas encerradas
de pé sobre a cinza
dos cigarros, a névoa
sobre o Tejo
sozinho todavia muitos
elegeria da solidão
Pessoa a sentar-se à mesa
a escrever Tejo como
um rio de ode
a falar com o eco
da sua voz nos outros.
22/2/2008
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Di Versos – Poesia e Tradução.
Saiu já o n.º 12 da revista Di Versos – Poesia e Tradução. A revista é coordenada por Jorge Vilhena Mesquita e José Carlos Marques. Neste número poderão encontrar poemas de António José Borges, António Salvado, Avelino de Sousa, César Vallejo e Juan Ramón Jiménez (traduzidos por Nicolau Saião), Claudio Rodríguez e Ricardo Paseyro (traduzidos por António Salvado), Cláudio Willer, Cristino Cortes, Dante (traduzido por Avelino de Sousa), e. e. cummings e Seamus Heaney (traduzidos por João Tomaz Parreira), Giannis Ritsos e René Char (traduzidos por José Carlos Marques), João Miguel Henriques, J. T. Parreira, Nicolau Saião, Rafael Rocha Daud, Rui Tinoco e Tomas Tranströmer (traduzido por José Carlos Marques, Anna Olsson e Sérgio Lopes).
Pedidos pelo telefax 229759592 e/ou contacto@sempreempe.pt
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Madrugadas
Levanta-se na ponta da cidade
depois por ela corre
primeiro os becos, que visita
por cima, abrindo a luz
nos rectângulos das janelas
há uma viela
logo ali que volta a acordar
as cercas dos quintais
o guardam
O sol entre silêncios e espasmos
das portas que se abrem
inunda depois as avenidas
desde as frestas às grandes
varandas de cristal.
19/2/2008
depois por ela corre
primeiro os becos, que visita
por cima, abrindo a luz
nos rectângulos das janelas
há uma viela
logo ali que volta a acordar
as cercas dos quintais
o guardam
O sol entre silêncios e espasmos
das portas que se abrem
inunda depois as avenidas
desde as frestas às grandes
varandas de cristal.
19/2/2008
terça-feira, fevereiro 19, 2008
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Colóquio sobre Bocage há quase 30
domingo, fevereiro 17, 2008
Cabeça de Cuia
Cabeça de Cuia - Canção para a morte de um pássaro
Aqui um poema de J. T. Parreira ...
Aqui um poema de J. T. Parreira ...
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
El poeta es un fingidor
Todas las cartas de amor son
ridículas.
No serían cartas de amor si no fuesen
ridículas.
También escribi en mis tiempos cartas de amor,
como las demás,
ridículas.
Las cartas de amor, si hay amor,
tienen que ser
ridículas.
Pero, al final,
sólo las criaturas que nunca han escrito
cartas de amor
son las que son
ridículas.
(Álvaro de Campos)
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
domingo, fevereiro 10, 2008
Nº 1 da revista literária Abrelatas
Lançamento da Revista Abrelatas.
A edição número 01, contém textos dos seguintes autores: Adriano Esturilho, Ana Guimarães, Andrei Vasquez (México), Andréia Donadon Leal, Antonio Carlos Floriano, Beatriz Bajo, Benjamin Marchi, Candido Rolim, Carlos Emilio C Lima, Claudinei Damasceno Romão, Cláudio B Carlos, Eduardo Lacerda, Fabrício Marques, Fernando Aguiar, Geruza Zelnys,Giovana Bonifácio, J T Parreira (Portugal), James W Holloway, Jocelyn Pantoja (México), Joel Flores (México), Juan Fiorini, Karen Villeda (México), Leonardo Meimes,Luis Serguilha (Portugal), Mario Mariones, Me Morte, Nelson Marzullo Tangerini, Raimundo de Souza, Raul Koliev, Ricardo Araújo, Rogério Santos e Thiago Ponce de Moraes.
sábado, fevereiro 09, 2008
Aniversário
Quando fizer 61 envia-me
um postal roubado
num impulso adolescente
da mesma papelaria
que já não existe ninguém
dá por nada
um postal com música
frágil como todas as asas
de libélula
escrito com palavras
debruçadas para fora
a sairem das margens
manda-me um postal
com o teu cheiro
abrindo caminho entre as outras
cartas banais
um postal roubado às cores
dos lírios de um jardim nas dunas.
8-2-2008
um postal roubado
num impulso adolescente
da mesma papelaria
que já não existe ninguém
dá por nada
um postal com música
frágil como todas as asas
de libélula
escrito com palavras
debruçadas para fora
a sairem das margens
manda-me um postal
com o teu cheiro
abrindo caminho entre as outras
cartas banais
um postal roubado às cores
dos lírios de um jardim nas dunas.
8-2-2008
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
Poema 24
LE FEU QUI DORT, Mário Dionísio
24
Falar a uma pedra que nos olha sem nos ver
Tocar a pele de um vidro que sem saber deslumbra
apalpar a suave terra que do seu poder não sabe nada
Cantar uma ária d’amor num céu oco que a repete
sem a escutar nem comover-se
Procurar o sorriso terno da lâmina
Andar sempre andar sempre esperar
o que não nasce nem surge apenas do acaso
do calor que flutua pela casa na procela
Conhecer
o fundo sem fim dos velhos espelhos
(Trad.J.T.Parreira)
24
Falar a uma pedra que nos olha sem nos ver
Tocar a pele de um vidro que sem saber deslumbra
apalpar a suave terra que do seu poder não sabe nada
Cantar uma ária d’amor num céu oco que a repete
sem a escutar nem comover-se
Procurar o sorriso terno da lâmina
Andar sempre andar sempre esperar
o que não nasce nem surge apenas do acaso
do calor que flutua pela casa na procela
Conhecer
o fundo sem fim dos velhos espelhos
(Trad.J.T.Parreira)
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
Alta Velocidade
(Já em 1992( data da foto) tínhamos.)
CANÇÃO DA PARADA DO LUCAS
Parada do Lucas
-O trem não parou.
Ah, se o trem parasse
minha alma incendiada
Pediria à Noite
Dois seios intactos.
Parada do Lucas.
-O trem não parou.
Ah, se o trem parasse
Eu iria aos mangues
Dormir na escureza
Das águas defuntas.
Parada do Lucas.
-O trem não parou.
Nada aconteceu
Senão a lembrança
Do crime espantoso
Que o tempo engoliu.
(Manuel Bandeira)
CANÇÃO DA PARADA DO LUCAS
Parada do Lucas
-O trem não parou.
Ah, se o trem parasse
minha alma incendiada
Pediria à Noite
Dois seios intactos.
Parada do Lucas.
-O trem não parou.
Ah, se o trem parasse
Eu iria aos mangues
Dormir na escureza
Das águas defuntas.
Parada do Lucas.
-O trem não parou.
Nada aconteceu
Senão a lembrança
Do crime espantoso
Que o tempo engoliu.
(Manuel Bandeira)
terça-feira, fevereiro 05, 2008
Há Lodo no Cais
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Rapariga com brinco de pérola
Poema do Poema do Bandeira
Diz o Manuel Bandeira
em poema bem gizado
que um tal João Gostoso
"bebeu
cantou
dançou
depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas
e morreu afogado"
E que belo lugar para um filho do Rio
morrer afogado
sem frio
direi eu
em especial depois de
beber
cantar
dançar
nada mais pode ser perigoso
sentiu o João Gostoso.
(Brissos Lino)
em poema bem gizado
que um tal João Gostoso
"bebeu
cantou
dançou
depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas
e morreu afogado"
E que belo lugar para um filho do Rio
morrer afogado
sem frio
direi eu
em especial depois de
beber
cantar
dançar
nada mais pode ser perigoso
sentiu o João Gostoso.
(Brissos Lino)
sábado, fevereiro 02, 2008
Tradução para Turco
Mevsimsiz Forum >
STAYNVEY & OĞULLARI
Joao Tomaz Parreira (1947-)
Üç bacağı Staynvey’in
yerin üstündeki damarların içersinde
kuşlardan bir senfoniyi havaya kaldırır
zarif bacakları
Staynvey’in
bir kadın gibi
dinlediğimiz
aheste beste
siyah elbisesinin içersinde.
(Çeviren: Vehbi Taşar)
STEINWAY & SONS
by Joao Tomaz Parreira (1947-)
Three legs of the Steinway
raise a symphony of birds
in the veins above of the floor
the elegant legs
of the Steinway
as a woman
whom we listened
slowly
in its black dress.
STAYNVEY & OĞULLARI
Joao Tomaz Parreira (1947-)
Üç bacağı Staynvey’in
yerin üstündeki damarların içersinde
kuşlardan bir senfoniyi havaya kaldırır
zarif bacakları
Staynvey’in
bir kadın gibi
dinlediğimiz
aheste beste
siyah elbisesinin içersinde.
(Çeviren: Vehbi Taşar)
STEINWAY & SONS
by Joao Tomaz Parreira (1947-)
Three legs of the Steinway
raise a symphony of birds
in the veins above of the floor
the elegant legs
of the Steinway
as a woman
whom we listened
slowly
in its black dress.
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
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